Você já reparou que os maiores e mais famosos compêndios sobre a história da humanidade foram escritos por homens? A mulher começou a contar a “sua versão” sobre o assunto muito recentemente e como base de pesquisa o que ela tinha eram estes escritos masculinos. Por isso sempre faço o seguinte questionamento: “Se foram os homens que escreveram a história, nós mulheres podemos confiar que houve neutralidade e que o mundo Pré-Histórico e a Antiguidade, dentre outros períodos em que a mulher não era considerada digna de ser retratada pela história, foram descritos realmente como os episódios aconteceram?”
Pois bem, os historiadores nos contam que desde o início da história, conhecida ou inferida pelos achados arqueológicos, se deduz que as figuras da mãe com seu filho estavam no centro dos grupos. As estruturas eram matricêntricas e matrilocais, pois os “bandos” seguiam sua linhagem feminina. A dominância era feminina, sem que houvesse necessidade de dominação, por isso o matriarcado,acreditam eles, em oposição ao que hoje conhecemos como patriarcado, não deve ter existido, já que não há resíduos de sociedades primitivas governadas por mulheres de forma autoritária, de cima para baixo, onde as “mulheres-chefe” determinariam o comportamento e o modo de pensar dos outros membros do grupo,não ocorria a escravização, e as relações eram protetoras e fluídas.
Rose Marie Muraro é uma estudiosa deste assunto e amanhã leremos o que ela pensa a respeito ...
MARIA LÚCIA
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