Os
sintomas são os mesmos de outras infecções respiratórias oportunistas, comuns
no inverno: dor de garganta, febre, mal-estar, debilidade física, o que explica
por que a mononucleose é tão subdiagnosticada ou sujeita a diagnósticos
errados.
Doença
provocada pelo EBV ou Epstein-Barr vírus, do mesmo grupo do herpes, apresenta
placas esbranquiçadas na garganta, freqüentemente confundidas com o pus gerado
por infecções bacterianas. Segundo o infectologista do hospital das Clínicas,
Max Igor Lopes: "É comum que o médico diagnostique como amigdalite ou
faringite bacterianas e administre antibiótico. Isso pode causar uma erupção na
pele do doente e agravar o estado geral".
A faixa etária mais atingida é
a dos 14 aos 25 anos, quando o "ficar" é muito comum. O tratamento
consta de: antitérmicos, analgésicos e antiinflamatórios. Os sintomas
desaparecem, em média, em dez dias, mas esse prazo pode chegar até dois meses.
Algumas pessoas podem achar que tiveram uma dor de garganta de uns cinco dias e
esquecem o assunto". O vírus continua para sempre no corpo e ainda pode
ser transmitido. O mais comum, no entanto, é o contágio na fase inicial da
doença, enquanto o vírus está incubado.
O
diagnóstico é importante, pois há um conjunto de doenças chamadas
"Síndrome da Mononucleose Infecciosa", causadas por tipos diferentes
de vírus, inclusive pelo HIV. Como muitos problemas podem ser confundidos com a
mononucleose, a investigação deve descobrir sua "paternidade"
virótica e levar a um tratamento adequado.
MARIA LÚCIA