Para terminar a transcrição.
“Os maiores partilham a devoção pela
juventude e as suas formas superlativas, quase insolentes de beleza; mas não se
sentem em retirada. Competem de outra forma, cultivam o seu próprio estilo...
Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do desporto, ou dos que
ostentam um Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de uma
modelo. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase
inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência.
Hoje, as pessoas na década dos sessenta
estreiam uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos, e agora já não o são.
Hoje têm boa saúde, física e mental, recordam a juventude, mas sem nostalgias,
porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas.
Celebram o sol em cada manhã e sorriem para
si próprios...
Talvez por alguma secreta razão, que só sabem
e saberão os que chegam aos 60 no século XXI”
Tenho em minha vida um sexalescentes
que este ano fará 87 anos, sou orgulhosa por tê-lo como pai e poder assistir
essa mudança ilustrada pelo autor. Meu sexalescente de 86 anos acorda a cada
dia com a disposição de exercitar-se, ler seus emails, respondê-los e quando
acha conveniente encaminhá-los para a sua lista de contatos, ir às compras,
participar de seus cursos e de outros eventos nos quais toma parte, incluindo
aí, ser cantor de serestas, dançar, dar atenção a namorada, aos filhos, noras,
netos, sobrinhos, amigos, tratando a todos com carinho e aceitação. Fato também
é que acorda cantando e a cada palavra pronunciada por um de nós segue o pedaço
de uma canção, por conta disso, fica mais fácil identificar o dia que não
acorda tão bem. Se não sair do quarto cantando podemos ficar alertas, sinal de
uma pressão alta ou de algum incômodo. Fora isso dá rasteira em qualquer um dos
netos em termos de disposição.
MARIA LÚCIA
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