Depois do tempo de reclusão revolveu voltar ao mar. Remava, remava sempre pelos mesmos lugares. Nunca se aventurou. Agora mesmo é que não iria sair para o oceano. O medo de não voltar tomou conta da sua existência. O tempo inexorável passou. O barqueiro já não tinha a mesma força para remar. Por vários dias ficava no cais vendo os novos barqueiros aventurarem-se no oceano e voltar contando as novidades. Pareciam felizes. Lembrou até que algumas vezes, ao perceberem que estava tão inseguro e com medo, ofereceram ajuda. Ele poderia segui-los.
Nunca aceitou. Tinha medo de não voltar. Um dia, bem cansado e triste chegou ao cais, pegou o barco, entrou e
começou a remar lentamente, lentamente, lentam....., lenta....., lent,.....le.................. ..........................
MARIA LUIZA
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