A própria questão da palmada é
algo que precisa de maior atenção. Já que o Estado está tirando dos pais o
direito de dar limites aos filhos, ele assumirá quando essas, hoje, crianças se
tornarem os adultos criminosos de amanhã? Essa relação falta de limites /
criminalidade é confirmada apenas observando o que acontece nas salas de espera
dos Conselhos Tutelares, onde pais e mães reclamam de filhos que a qualquer alteração
de voz como repreensão ameaçam que os denunciarão aos Conselhos. Ora, se o
Estado não tem dado conta de suas obrigações que é manter escolas eficientes
para promover a educação, não percebo como seu direito interferir na tentativa
de responsáveis em transformar seus filhos em pessoas do bem. Não defendo a
palmada, pois considero que agressão física não é boa para nenhuma das partes,
ou seja, nem para o agressor nem para o agredido, que se perceberão cada vez
mais afastados e com menos possibilidade de diálogo.
Mas a questão que mais chama
nossa atenção é responsabilizar profissionais de saúde, educação, dentre outros
pela “omissão” e querer multá-los em valores inclusive maiores que seus
próprios salários. Que inversão é essa que cobra atitude, mas não respalda. É o
mesmo pseudo-estado que “obriga” um professor a “treinar” com simulados vindos
das secretarias de educação, alunos para fazerem suas provas Brasil, apenas
para manter alto o seu índice educacional para mostrar uma falsa realidade para
o mundo?
MARIA LÚCIA
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