O Juiz Arthur
Moura, sem perder o ponto, deu a sentença no mesmo tom:
“Para que eu não carregue remorso,
determino que seja entregue ao seu dono,
desde logo, o malfadado violão! ”Recebo a petição escrita em verso E despachando-a sem autuação,Verbero o ato vil, rude e perverso,Que prende, no cartório, um violão.Emudecer a prima e o bordão,Nos confins de um arquivo em sombra imersoÉ desumana e vil destruição De tudo que há de belo no universo.Que seja solto, ainda que a desorasE volte à rua, em vida transviadaNum esbanjar de lágrimas sonoras.Se grato for, acaso ao que lhe fiz,Noite de lua, plena madrugada,Venha tocar à porta do Juiz."
PLENA ENERGIA
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