As pessoas da minha geração devem lembrar como era diferente a relação com a morte. Nos anos 50 geralmente morria-se em casa, cercado pelos familiares. O velório também era na residência do falecido. A família, os amigos e os vizinhos participavam desse momento de dor e despedida. Até o trajeto para o cemitério era diferente. Como a morte era em casa, o carro fúnebre percorria as diversas ruas até chegar ao campo santo. As pessoas na calçada paravam em reverência e respeito ao morto e a família. O luto também era diferente de hoje. Os parentes próximos vestiam preto por um tempo determinado (não lembro por quanto meses) e iam quebrando o luto aos poucos, de acordo com as relações familiares. A família recebia as visitas de pêsames. Podiam chora seus mortos mais espontaneamente. Não sei se dessa maneira a morte era vista de modo mais natural, porém não era um tabu como nos dias atuais. Você concorda?
MARIA LUIZA
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