Na
vida escolhemos sempre.
O
que se faz ou se deixa de fazer é a livre escolha de cada um, porém muitos no
intuito de não se responsabilizar pelas escolhas que fez ou faz teima em
imputar a terceiros tal responsabilidade.
Em
determinados momentos percebe-se como sendo dos pais o direcionamento de seus
atos. A criança não tem noção de seu poder e por isso acata as ordens,
sugestões e opiniões dos adultos e mais tarde muitas de suas vontades resvala
neste costume de ser influenciado pelas figuras importantes de sua vida.
É
possível até que não se adquira consciência do próprio desejo livre das
influências, achando que é exclusivamente seu um pensamento a respeito de um
determinado assunto, que na verdade, analisado profundamente se descobre ser um
outro exercendo sua autoridade.
Existem
pessoas que passam a vida inteira repetindo atitudes, falas e comportamentos
que um outro um dia lhe ensinou. E, embora, não pareça, esse jeito de ser é
escolha. É a decisão de não assumir-se como indivíduo. Afinal pertencer a massa
é bastante cômodo.
Quantas
pessoas antes de tomar uma decisão se aconselham com “A, B ou C” e quando algo
sai diferente do esperado reagem dizendo que: “fiz porque fulano falou para eu
fazer.” Numa tentativa de livrar-se da “culpa” pelo fracasso?
A
educação que está sendo passada de geração a geração é a educação que pretende
apontar dedos para o outro no intuito de manter-se incólume. É uma educação que
se preocupa mais em castigar do que em premiar, por isso precisa que o sujeito
tenha sempre a impressão de estar “devendo” e por conta dessa impressão queira
sempre livrar-se da dívida.
MARIA LÚCIA
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